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Luiz Gonzaga criou museu próprio em sua cidade natal, em Pernambuco

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O filme “Gonzaga – de Pai para Filho”, de Breno Silveira, que estreou nesta sexta-feira (26) , conta a história do músico Luiz Gonzaga (1912-1989). Em Pernambuco, seu estado de origem, quatro espaços culturais (um deles em construção) são dedicados a preservar a memória do Rei do Baião.

O primeiro, situado em sua cidade natal (Exu), foi idealizado pelo próprio Gonzaga, já sabendo que seu nome ficaria gravado na cultura do país. É lá que ele está enterrado, em um mausoléu construído como uma homenagem de seu filho, Gonzaguinha. Também é possível conferir peças do seu vestuário, fotografias, documentos e discos raros em um museu em Caruaru, no interior do estado, e em um memorial no Recife.
Além disso, um ambicioso museu interativo em homenagem a Gonzaga e à cultura sertaneja está sendo construído no Porto do Recife, e deve ser parcialmente inaugurado no dia 13 de dezembro deste ano (data que marca o centenário de nascimento do músico). A seguir, conheça esses quatro espaços:

Parque Aza Branca
Situado em Exu (630 km do Recife), cidade natal de Luiz Gonzaga, o parque de 1.500 hectares fica em uma antiga fazenda comprada pelo “Rei do Baião” em 1974. Ele foi idealizado pelo próprio artista – que, já com a carreira consolidada, quis construir um complexo de atrações para preservar seu nome e sua obra.
No local é possível visitar o Museu do Gonzagão, que abriga o maior acervo material original do músico. Entre os objetos pessoais, há sanfonas, chapéus, sandálias e gibão de couro, discos de ouro e fotografias. Outra atração é a casa onde ele morou, que mantém os móveis originais, e o mausoléu onde Gonzaga está sepultado junto com sua primeira mulher (“dona” Helena), que seu filho Gonzaguinha mandou construir para o casal.
Há ainda uma réplica da casa de reboco onde nasceu o músico e um viveiro de asas-brancas, um tipo de pombo que inspirou uma de suas músicas mais conhecidas. A grafia do nome do parque acompanha a da canção original, registrada assim para acompanhar o Z de Luiz e de Gonzaga. O parque tem também duas pousadas para hóspedes: Santana, em homenagem à mãe de Gonzagão (a agricultora e dona de casa Ana), e Januário, nome de seu pai, lavrador e sanfoneiro.
Muitos dos visitantes são estudantes que chegam a Exu em excursões, mas neste ano o parque já recebeu turistas inclusive do Japão e da Irlanda. Algumas partes precisam de reforma, mas funcionários da ONG que administra o local dizem que já há recursos governamentais destinados para os ajustes necessários.
Endereço: Rodovia Asa Branca, quilômetro 38, Exu (PE).
Telefone: (87) 3879-1295.
Site: www.parqueazabranca.com.br
Horários: Todos os dias, das 8h às 12h e das 13h às 17h.
Entrada: R$ 4.

Museu do Forró – Luiz Gonzaga
Era em frente a esse museu que Adélio Lima, sósia de Luiz Gonzaga, costumava ficar para tirar fotos com os turistas. Após se inscrever em um concurso com mais de 5.000 inscritos, ele foi escolhido para interpretar o papel do protagonista na idade madura no filme de Breno Silveira.
O espaço dedicado ao típico ritmo nordestino foi inaugurado em 1999. Atualmente, ele é formado por três salas, mas deve ser ampliado em breve. Entre as peças do acervo, é possível ver a roupa que Luiz Gonzaga usava quando morreu e objetos pessoais como óculos, sanfona, gibão, documentos e cartas amorosas que ele trocava com sua última mulher, Edelzuita Rabelo. Muitos dos objetos foram doados por ela.
O espaço está situado em um edifício que também abriga uma sala em homenagem à cantora Elba Ramalho e o Museu do Barro-Zé Caboclo, com peças do artesanato da região (entre elas, cerâmicas originais dos reconhecidos Mestre Vitalino e Zé Caboclo).

Endereço: Praça Coronel José de Vasconcelos, 100, Cauraru (PE).
Telefone: (81) 3721-2545.
Horários: De terça a sábado, das 8h às 17h. Domingo, das 9h às 13h.
Entrada: R$ 2

Memorial Luiz Gonzaga
O local é um centro de memória e pesquisa visitado tanto por estudiosos quanto por turistas. O acervo, montado a partir do material de um colecionador, é formado por discos raros, fotos, impressos, álbuns de recortes, vídeos e arquivos de áudio em formato MP3. Também há fotos, partituras e outros documentos replicados a partir dos originais disponíveis no Parque Aza Branca. O memorial organiza ainda cursos e outras atividades sobre o tema.
Endereço: Pátio de São Pedro, casa 35, Recife (PE).
Telefones: (81) 3355-3154 e (81) 3355-3155.
Horários: De segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.
Site: www.recife.pe.gov.br/mlg
Entrada: Gratuita

Cais do Sertão Luiz Gonzaga (em construção)
O novo centro cultural em homenagem à cultura sertaneja e ao Rei do Baião fará parte de uma nova área que está sendo revitalizada no Porto do Recife e que deve abrigar centro de compras, cinema, teatro, restaurantes e hotel. Antropólogos, cineastas e músicos como Tom Zé e José Miguel Wisnik participam da equipe de conteúdo do projeto, a mesma que criou o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Na mesma linha do museu da língua, o espaço privilegiará a interação: a ideia é que ele tenha filmes, jogos, música e objetos que exprimem a vida sertaneja, alguns deles pertencentes a Gonzaga.
No dia 13 de dezembro deste ano (data que marca o centenário do músico), haverá uma inauguração parcial do prédio de 7.500 m², que fica ao lado do Marco Zero, no Recife antigo. “A ideia é trazer o sertão para a beira do mar”, diz Isa Grinspun Ferraz, responsável pelo projeto do museu. A inauguração completa deve ocorrer em 2013.

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