Caros amigos Gonzagueanos, peço desculpas, pois, só hoje, 10 dias após o centenário do Rei do Baião, conseguimos postar a belíssima homenagem feita pelo poeta cearense, Nilton Mendes (Zé Nilton do Limoeiro).
Aproveito para pedir desculpas ao próprio Zé Nilton, que nos enviou seus versos em 27 de novembro, com bastante antecedência, mas por motivos alheios a nossa vontade não conseguimos postar a tempo.
“Hoje 13 de Dezembro de 2012. Dia em que comemoramos o centenário do nascimento do nosso Rei do Baião. Luiz Gonzaga.
Durante todo mês de Dezembro fiz alguns estrofes em comemoração a essa data e postei no meu mural, obtive vários elogios que alimentaram bastante meu ego, mas hoje resolvi juntar todos e postar mais uma vez porque afinal hoje, é o grande dia.”
I
Hoje treze de Dezembro
Cem anos atrás nascia
Em Exu, Luiz Gonzaga
Trazendo uma melodia
Que a música mudaria
Da cidade ao sertão
Com a sanfona na mão
Cantou pro país inteiro
Zé Nilton do Limoeiro
Faz versos pra GONZAGÃO
II
Se ele estivesse vivo
Cem anos completaria
Nesse treze de Dezembro
Dia de Santa Luzia
O povo oração fazia
Rezando por nosso irmão
Um problema no pulmão
Matou o Rei mais ligeiro
Zé Nilton do Limoeiro
Faz versos pra GONZAGÃO
III
Luís Gonzaga cantou
Música da triste partida
Uma viajem sofrida
Que Patativa Criou
Rolinha fogo pagou
O jumento é nosso irmão
A mulher do meu patrão
Paraíba e Juazeiro
Zé Nilton do Limoeiro
Faz Versos pra GONZAGÃO
IV
Pra todo canto que vou
Levo ela de corona
Nos botões de uma sanfona
Essa frase ele falou
Ele foi ela ficou
No museu na solidão
Morreu o Rei do baião
Nosso melhor sanfoneiro
Zé Nilton do Limoeiro
Faz versos pra GONZAGÃO
V
Numa tarde bem tristonha
Gado muge sem parar
Só lembrando do vaqueiro
Que não vem mais aboiar
Ele queria exaltar
Raimundo, seu primo irmão
Cantando uma canção
Que era a morte do vaqueiro
Zé Nilton do Limoeiro
Faz versos pra GONZAGÃO.
VI
Foi dança da Mariquinha
A sua música primeira
Gravou em quarenta e cinco
Compôs com Saulo Oliveira
Junto a Humberto Teixeira
Brilhou em composição
Mas na música algodão
Zé Dantas foi seu parceiro
O Nilton do Limoeiro
Faz versos pra GONZAGÃO.
VII
Compôs Acácia Amarela
Falou na casa direita
Disse ser justa e perfeita
Que gostava muito dela
Chamou-a também de bela
Agradeço ao irmão
Nossa instituição
É muito grata ao obreiro
Zé Nilton do Limoeiro
Faz versos prá GONZAGÃO
VII
No dia que ele voltou
De carro pela estrada
Ao chegar de madrugada
Por Januário chamou
O seu pai logo indagou
Me diga seu nome então
É Luís Rei do Baião
O seu filho verdadeiro
Zé Nilton do Limoeiro
Faz versos pra GONZAGÃO
IX
Deixou muitos seguidores
Santana, Pinto e Sivuca
Waldones, Zé de Manduca
Exaltando seus valores
Do forró nossos tenores
Dominguinhos no São João
Flávio José no Baião
Tom e Elias Carneiro
Zé Nilton do Limoeiro
Faz versos pra GONZAGÃO
X
Em Exu tem um museu
E nele estão guardados
Os paramentos usados
Porque seu dono morreu
A sanfona emudeceu
Luíz se foi num caixão
Más deixou o seu gibão
E o chapéu do vaqueiro
Zé Nilton do Limoeiro
Faz versos pra GONZAGÃO.
Nilton Mendes (Zé Nilton do Limoeiro).
Telefone para contato: (88) 9990 2824
