Parte da vida e obra de Luiz Gonzaga, conhecido como o “Rei do Baião”, será abordada durante a 1ª Jornada Gonzagueana, de 27 de maio a 07 de junho, no Shopping Praia da Costa. A realização é da Prefeitura de Vila Velha, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo e da Secretaria de Educação, com apoio do Shopping Praia da Costa.
A exposição, já realizada há nove anos por várias cidades do país, agora chega ao Estado com cerca de 300 objetos pessoais do cantor. Fazem parte do acervo o gibão de couro, chapéus, óculos, reportagens importantes sobre o cantor, fotografias, livros e artes plásticas, entre outros objetos do artista.
Ainda durante a mostra vão acontecer os shows do Trio Mafuá, no dia 27 de maio, e do Trio Nordestino, no dia 06 de junho, na Praça de Alimentação do shopping. Todos os shows acontecerão às 19 horas.
O vice-presidente da Fundação Vovô Januário, Reginaldo Silva, também fará palestras para estudantes da rede pública municipal sobre a importância de Luiz Gonzaga para a cultura brasileira. Reginaldo foi amigo pessoal de Gonzagão e afirma que só se deu conta do valor do material que tinha em mãos depois de 12 anos da morte do compositor.
No ano passado foi comemorado o centenário do Rei do Baião, além dos 60 anos da música “Asa Branca”, que se configurou como um dos maiores sucessos do cantor, gravada em 1947 e sucesso em 1948.
Trajetória
Luiz Gonzaga nasceu em Exu, Pernambuco, em 13 de dezembro de 1912. Foi um compositor popular. Aprendeu a ter gosto pela música ouvindo as apresentações de músicos nordestinos em feiras e em festas religiosas. Quando migrou para o sul, fez de tudo um pouco, inclusive tocar em bares de beira de cais.
Mas foi exatamente aí que ouviu um “cabra” lhe dizer para começar a tocar aquelas músicas boas do distante Nordeste. Pensando nisso compôs dois chamegos: “Pés de Serra” e “Vira e Mexe”.
Sabendo que o rádio era o melhor vínculo de divulgação musical daquela época (corria o ano de 1941), resolveu participar do concurso de calouros de Ary Barroso onde solou sua música “Vira e Mexe” e ganhou o primeiro prêmio.
SAIBA MAIS
Nordestinidade
No decorrer destes vários anos, Luiz Gonzaga foi simbolizando o que melhor se tem da música nordestina. Ele foi o primeiro músico a assumir a nordestinidade representada pela sanfona e pelo chapéu de couro. Cantou as dores e os amores de um povo que ainda não tinha voz.
Carreira consolidada
Quando morreu no ano de 1989, o pernambucano tinha uma carreira consolidada e reconhecida. Ganhou o prêmio Shell de Música Popular em 1987 e tocou em Paris em 1985. O cantor foi também contratado pela emissora Nacional. Seu som agreste atravessou barreiras e foi reconhecido e apreciado por todo o povo e pela mídia. Mesmo tocando sanfona, instrumento tão pouco ilustre. Mesmo se vestindo como nordestino típico (como alguns o descreviam: roupas de bandido de Lampião).
Agradecimento
Luiz Gonzaga era a representação da alma de um povo. Era a alma do nordeste cantando sua história. E ele fez isso com simplicidade e dignidade. A música brasileira só tem que agradecer.
Serviço:
Exposição – 1ª Jornada Gonzagueana
Data: 27 de maio a 07 de junho
Local: Shopping Praia da Costa – Primeiro Piso
Horário: 10 às 22 horas
Realização: Prefeitura de Vila Velha/Secretaria de Cultura e Turismo e da Secretaria de Educação, com apoio do Shopping Praia da Costa.
Publicação em 24 de maio de 2013 às 08h22 – Atualizado em 26 de maio de 2013 às 18h44; Texto: Semcom / Foto: Semcom.
Com informação da Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura Municipal de Vila Velha ES
