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Mestre Manuel Eudócio morre aos 85 anos em Caruaru, no Agreste de PE

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O mestre Manuel Eudócio Rodrigues, de 85 anos, morreu no sábado (13) no Hospital Mestre Vitalino, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. De acordo com a neta do artesão, Ana Karine Rodrigues, “ele já vinha com o quadro de saúde difícil por conta da diabetes e de problemas nos rins”. Ao G1, a pedagoga disse que ele estava internado desde quarta-feira (10) com suspeita de febre chikungunya. Em nota, a unidade hospitalar disse que a morte foi causada por complicações de insuficiência renal crônica.

Após a morte do mestre Manuel Eudócio, a prefeitura de Caruaru decretou luto oficial de três dias. Neste domingo (14), políticos e amigos lamentaram a morte do artesão. Por meio de nota, o governador Paulo Câmara e Ana Luíza Câmara, primeira-dama do estado, disseram que “Pernambuco amanheceu mais pobre culturalmente com o desaparecimento do Mestre Manuel Eudócio, único artista vivo da geração do Mestre Vitalino, de quem foi discípulo, e um Patrimônio Vivo de nosso Estado”.
O velório é realizado na Igreja Congregação Vale da Benção, que era frequentada pelo artesão, no Bairro Alto do Moura. O sepultamento está marcado para 16h (horário local), no Parque dos Arcos. A família informou que o velório e o enterro estarão abertos para os admiradores da arte de Manuel Eudócio que quiserem prestar uma última homenagem.

Para o presidente da Associação dos Artesãos em barro e Moradores do Alto do Moura, Aldir José, Eudócio “era um dos artesãos-chefe da comunidade. Mais um patriarca da cultura que nós perdemos. Felizmente, ele deixou um legado de grande preciosidade no Alto do Moura”. Ele disse que o mestre conseguiu “inovar no barro e no colorido, sempre mostrando o que há de melhor nos folguedos, nas manifestações religiosas e nas peças que mostravam a beleza do reisado”.

Manuel Eudócio foi reconhecido como Patrimônio Vivo de Pernambuco pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe). Ele nasceu em Caruaru em 28 de janeiro de 1931 e tinha mais de 70 anos de carreira. Iniciou os primeiros passos na arte de modelar o barro aos 8 anos de idade, com ajuda da avó, e o tempo não permitiu que perdesse o tato e o manejo para a execução do ofício. Foi um dos homenageados na edição 2015 do São João de Caruaru.

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