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Homenagem do poeta José Nilton para Dominguinhos

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Foi no dia vinte e três
Que Dominguinhos partiu
Seu corpo não resistiu
Lá no Sírio Libanês
Parou tudo de uma vez
Doi no nosso coração
Sem ter sanfona na mão
Domingos vai viajar
Pra lá no céu encontrar
Seu professor Gonzagão.

Dezessete de Dezembro
Dia que ele se internou
O céu já se preparou
Pra receber mais um membro
Essa data eu me lembro
Tá gravado em meu juízo
Em julho veio o aviso
Dizendo a data é esta
Dominguinhos faz a festa
Quando chega ao paraíso

Sivuca se preparou
Deu um ré menor no tom
Pegou outro acordeom
Pra Gonzagão entregou
Falou assim professor
São Pedro mandou aviso
Que ele toca de improviso
E trás um chapéu na testa
Dominguinhos faz a festa
Quando chega ao paraíso

Os nordestinos no céu
Logo se comunicaram
Uns aos outros avisaram
Ninguém pode dançar creu
No forró ele é cruel
Vamos caprichar no piso
Um disse eu dou o aviso
Que é forró, não é seresta
Dominguinhos faz a festa
Quando chega ao paraíso

De repente a porta abriu
José Domingos entrou
Com Gonzagão de abraçou
E pra Sivuca sorriu
Um som bem alto se ouviu
Jogaram talco no piso
São Pedro deu um sorriso
E disse, ou trio que presta
Dominguinhos faz a festa
Quando chega ao paraíso

Quando os músicos souberam
Que Dominguinhos chegou
Grande fila se formou
E todos vê-lo quiseram
Alguns pra ele disseram
Falar verdade é preciso
Hoje quem tiver juízo
Vai dançar feito a mulesta
Dominguinhos faz a festa
Quando chega ao paraíso

Quando ele viajou
Da terra não levou nada
A sanfona está guardada
Desde que ele desligou
Nela ninguém mais pegou
Porque existe um aviso
Ainda está indeciso
Se a sanfona ainda presta
Dominguinhos faz a festa
Quando chega ao paraiso

Fortaleza, 23 de Julho de 2013 – José Nilton Mendes de Sousa.

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